Portal Espiritualista

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A Sessão de Hipnose

Quando um procedimento terapêutico se inicia, há algo importante que precisa ser levado em consideração: o fato de que estamos diante de um ser único e com diversos recursos internos. Por mais vastas que sejam as semelhanças entre os humanos, a interação que fazemos com o mundo e outros é única. Por isso a terapia deve ser feita sob medida para cada paciente. Precisamos conhecer o genérico, mas aplicá-lo no específico. Sabemos que todos temos a capacidade de focalizar nossa atenção, mas cada um focalizará por motivos diferentes, e que quando focalizamos numa idéia específica ou objetivo, fica mais fácil realizar. Por meio da sugestão, as mudanças vão ocorrendo, voluntária ou involuntariamente.

Vejamos então, como se dá o processo de atendimento de um paciente, do início ao fim de uma sessão ou do tratamento em si.

Anamnése: iniciamos a primeira sessão pela anamnése, que é a história de vida e a história do problema do paciente. Dependendo das questões a serem trabalhadas, o inquérito será diferente. Crenças, valores, o ambiente em que viveu, sonhos, expectativas, medos. Diferentes informação que auxiliam para um melhor diagnóstico para o problema apresentado.

Diagnóstico: Este, nada mais é que a identificação das possíveis causas que levaram o paciente a desenvolver o problema ou dificuldade, e isso é feito a partir de uma observação da realidade individual e única do paciente, isto é, a história de vida do paciente colhida por ocasião da anamnése, falada ou emitida por meio de comportamentos durante a sessão.

Aprendizagens necessárias: O paciente chega com uma história de vida, com formas de pensar já estabelecidas e com aprendizagens adquiridas no decorrer da sua vida. Muitas vezes acaba por criar enumeras armadilhas para si mesmo, que envolvem medos e culpas, com isso não consegue se desvencilhar. Os pensamentos e aprendizagens acabam por envolver sentimentos de dor e tristeza. Por vezes o problema vem como um pedido de socorro da mente e do corpo, para que providências sejam tomadas em relação à vida que o indivíduo esta levando. Faz-se necessário novas formas de pensar, novas aprendizagens que trarão novas experiências de vida. Que possibilitem formas de pensar mais lúcidas frente a tudo o que permeia sua vida e que está lhe provocando sofrimento. O hipnoterapeuta deve ter claro quais sãos os pensamentos e aprendizagens necessárias à mudança do paciente, ou seja, a superação do problema.

Estratégias: todos sabemos que a imaginação é mais forte que a vontade, o que Coué já havia percebido. Quando queremos fazer algo, mas não nos achamos capazes, imaginamos o que de pior poderá acontecer, acabamos por não realizar, por mais que queiramos. Atravessar um rio que não ultrapassa seus tornozelos é relativamente fácil, e poderá fazer tranquilamente. Mas se tiver que atravessar um rio profundo, largo e com correnteza, talvez possa imaginar que não irá conseguir, que a correnteza o carregará, o que torna a travessia perigosa; podendo o levar a morte – um risco que você não quer correr. É que você não ganha nada em atravessar o rio, não têm nenhum benefício. Mas imagine que está fugindo de um bandido que quer lhe matar. Ou talvez, tenha como motivação ganhar alguns milhões, se atravessar o rio. É ai que uma simples sugestão de atravessar o rio, adicionada a uma paixão/emoção (medo), ou a alegria de conquistar, acabará por potencializar a sugestão, criando um motivo mais forte para concretizar a ação. É a lei do mais forte, da emoção mais forte. Por certo isso pode e é utilizado o tempo todo e, claro, no ambiente terapêutico, estrategicamente de forma sutil, servirá para motivar o paciente na resolução de seus problemas, cura se sintomas e doenças.

Indução: depois de traçar as estratégias, o hipnoterapeuta iniciará o processo de indução, com o objetivo de levá-lo a manifestar fenômenos hipnóticos e, por meio deles realizar a intervenção.

Intervenção: quando vamos trabalhar com as dificuldades do paciente, é preciso fazer de forma cuidadosa, uma aproximação gradativa. Por isso utiliza-se uma comunicação mais indireta ou mesmo paralela, parte-se de um ponto distante e então vai-se aproximando. Com isso, é como se desse tempo do paciente se preparar, se fortalecer para ouvir o que precisa ouvir e fazer o que precisa ser feito. A elegância, a sutileza na comunicação são traços marcantes na hipnoterapia ericksoniana ou moderna. Antes de pedir para que alguém ande de uma certa forma, é preciso ensiná-lo; antes de pedir para que elabore certa tarefa, é preciso ensiná-lo, dar-lhe recursos para tanto. O mesmo ocorre no processo terapêutico: possibilitar as aprendizagens necessárias para que o paciente possa mudar ou superar. Obtendo assim o resultado desejado.